A
aeronave
Cindindo a vastidão do Azul profundo, Sulcando
o espaço, devassando a terra, A aeronave que um mistério encerra Vai
pelo espaço acompanhando o mundo.
E na esteira sem fim da azúlea esfera Ei-la
embalada n’amplidão dos ares, Fitando o abismo sepulcral dos
mares, Vencendo o azul que ante si s’erguera.
Voa, se eleva em busca do infinito, É como um
despertar de estranho mito, Auroreando a humana consciência.
Cheia da luz do cintilar de um astro, Deixa
ver na fulgência do seu rastro A trajetória augusta da Ciência.
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