EXCELENTE REPORTAGEM SOBRE "THE ENDLESS RIVER" NOVO E ÚLTIMO DISCO DO PINK FLOYD, LANÇADO EM SETEMBRO DE 2014
Floyd com as costas quentes (e novo CD)
A banda vai lançar um novo álbum a partir de material que sobrou de «The Division Bell». Mais uma capa para as raparigas.
Um novo álbum dos Pink Floyd, vinte anos depois de The Division Bell, será lançado em outubro?
Eis uma notícia capaz de animar as conversas dos fãs da banda nos próximos meses. Um novo disco sem Richard Wright, falecido em setembro de 2008? Sem Roger Waters, que abandonou o grupo? No que diz respeito a Wright, não.
O disco surge a partir de material gravado entre 1993 e 1994 que Gilmour e Nick Mason começaram a reciclar no ano passado. Esse material foi composto durante as sessões de The Division Bell e consiste em temas ambientais, todos instrumentais, gravados por Gilmour, Wright e Mason.
O conjunto desses temas «escondidos» passou a ser conhecido com o nome «The Big Spliff», o «disco secreto» da banda. Uma faixa de 22 minutos – Soundscape – era tocada antes do início dos concertos da turné Pulse e foi publicada em 2006 no DVD do mesmo nome. Pode ser ouvida aqui.
Há algum tempo que se especulava que David Gilmour estava prestes a lançar um novo disco – o que não se sabia é que a foto revelada no Instagram da cantora Durga McBroom-Hudson – há muito tempo que ela colabora com a banda – não mostrava uma sessão de gravação de Gilmour mas dos Pink Floyd, com a inclusão de vozes em algumas faixas de «The Big Spliff».
Terá temas compostos por Wright que não chegaram a ser incluídos na versão final de The Division Bell e foram sendo trabalhados nos últimos meses por Gilmour. Polly Samson já fizera as letras de The Division Bell e volta a ser a letrista em The Endless River. O nome do disco é uma referência à letra de High Hopes, a última faixa de The Division Bell.
Graham Nash e David Crosby cantam numa das canções do novo disco, esta composta por Gilmour. Em entrevista dada à estação de rádio VH-1, Graham Nash afirmou que «não só a canção é brilhante, como cantámos muito bem».
Os rumores de uma participação especial de Roger Waters, à laia de homenagem a Richard Wright, não parecem ser verdadeiros: um artigo no The Sun revela «a alegria de Gilmour e Mason pela redescoberta desse material», a «ausência de qualquer turné de suporte ao álbum» e a garantia dos dois músicos de que Waters não participará.
Cada uma das costas dos modelos representa uma capa e as capas são todas de idêntico tamanho. Dada a diferença entre umas costas femininas e masculinas, o artista rapidamente concluiu que, a ser feito, tinha de ser só com rapazes ou raparigas, nunca misturados. Thorgerson, «por ser homem», preferiu seguir os seus próprios instintos e escolheu a elegância feminina. Obrigado, Storm, pelo bom gosto e sapiência.
A ideia tomou forma em 1997. A passagem dos discos em vinil para os CD dava a oportunidade às editoras de publicarem reedições de álbuns antigos. A EMI precisava de promover a reedição do catálogo antigo dos Pink Floyd – o Back Catalogue – e encarregou Thorgerson de reunir a equipa e os modelos. O facto de ter sido a própria editora a sugerir que o back catalogue fosse pintado literalmente nas costas dos modelos mostra que por ali trabalhava gente com bom sentido de humor.
A reedição do catálogo do grupo já estava feita desde 1995. Toda a música fora cuidadosamente remisturada a partir das master tapes e só faltava tratar do rejuvenescimento da embalagem. Muitas editoras limitavam-se a adaptar o design do disco em vinil original, espremendo-o sem cerimónias no CD. «Um sacrilégio», considerava Thorgerson, por isso a renovação da embalagem tornou-se a primeira prioridade.
E foi neste contexto que surgiu a ideia do poster. A foto foi tirada numa piscina interior em Putney, Londres, pelo fotógrafo Tony May. O artista Phyllis Cohen teve então a tarefa de pintar as capas, o que implicava um trabalho de cinco, seis horas em cada uma das modelos. A identidade das raparigas continua a ser um segredo por desvendar: muitos fãs tentaram, mas nenhum regressou com uma história plausível.
A equipa de Thorgerson não se limitou a pintar aquelas cinco capas nem tão-pouco se limitou à discografia dos Pink Floyd: como podem ver, mais posters foram sendo criados a partir da mesma ideia.
Eis uma notícia capaz de animar as conversas dos fãs da banda nos próximos meses. Um novo disco sem Richard Wright, falecido em setembro de 2008? Sem Roger Waters, que abandonou o grupo? No que diz respeito a Wright, não.
O disco surge a partir de material gravado entre 1993 e 1994 que Gilmour e Nick Mason começaram a reciclar no ano passado. Esse material foi composto durante as sessões de The Division Bell e consiste em temas ambientais, todos instrumentais, gravados por Gilmour, Wright e Mason.
O conjunto desses temas «escondidos» passou a ser conhecido com o nome «The Big Spliff», o «disco secreto» da banda. Uma faixa de 22 minutos – Soundscape – era tocada antes do início dos concertos da turné Pulse e foi publicada em 2006 no DVD do mesmo nome. Pode ser ouvida aqui.
Há algum tempo que se especulava que David Gilmour estava prestes a lançar um novo disco – o que não se sabia é que a foto revelada no Instagram da cantora Durga McBroom-Hudson – há muito tempo que ela colabora com a banda – não mostrava uma sessão de gravação de Gilmour mas dos Pink Floyd, com a inclusão de vozes em algumas faixas de «The Big Spliff».
A canção do cisne de Richard Wright
O disco será, na sua essência, uma homenagem a Richard Wright – o seu canto de cisne, como definiu a escritora Polly Samson, mulher de Gilmour e a primeira a lançar a notícia, via Twitter.Terá temas compostos por Wright que não chegaram a ser incluídos na versão final de The Division Bell e foram sendo trabalhados nos últimos meses por Gilmour. Polly Samson já fizera as letras de The Division Bell e volta a ser a letrista em The Endless River. O nome do disco é uma referência à letra de High Hopes, a última faixa de The Division Bell.
Graham Nash e David Crosby cantam numa das canções do novo disco, esta composta por Gilmour. Em entrevista dada à estação de rádio VH-1, Graham Nash afirmou que «não só a canção é brilhante, como cantámos muito bem».
Os rumores de uma participação especial de Roger Waters, à laia de homenagem a Richard Wright, não parecem ser verdadeiros: um artigo no The Sun revela «a alegria de Gilmour e Mason pela redescoberta desse material», a «ausência de qualquer turné de suporte ao álbum» e a garantia dos dois músicos de que Waters não participará.
As raparigas que carregaram a discografia dos Pink Floyd às costas
Nem era para ter sido assim – cinco belas mulheres para cinco belas capas. A ideia original fora juntar as costas de rapazes e raparigas, mas Storm Thorgerson, artista criador das capas dos Pink Floyd, falecido em abril do ano passado, viu logo que a diferença fisionómica entre homens e mulheres prejudicava a harmonia de conjunto.Cada uma das costas dos modelos representa uma capa e as capas são todas de idêntico tamanho. Dada a diferença entre umas costas femininas e masculinas, o artista rapidamente concluiu que, a ser feito, tinha de ser só com rapazes ou raparigas, nunca misturados. Thorgerson, «por ser homem», preferiu seguir os seus próprios instintos e escolheu a elegância feminina. Obrigado, Storm, pelo bom gosto e sapiência.
A ideia tomou forma em 1997. A passagem dos discos em vinil para os CD dava a oportunidade às editoras de publicarem reedições de álbuns antigos. A EMI precisava de promover a reedição do catálogo antigo dos Pink Floyd – o Back Catalogue – e encarregou Thorgerson de reunir a equipa e os modelos. O facto de ter sido a própria editora a sugerir que o back catalogue fosse pintado literalmente nas costas dos modelos mostra que por ali trabalhava gente com bom sentido de humor.
A reedição do catálogo do grupo já estava feita desde 1995. Toda a música fora cuidadosamente remisturada a partir das master tapes e só faltava tratar do rejuvenescimento da embalagem. Muitas editoras limitavam-se a adaptar o design do disco em vinil original, espremendo-o sem cerimónias no CD. «Um sacrilégio», considerava Thorgerson, por isso a renovação da embalagem tornou-se a primeira prioridade.
E foi neste contexto que surgiu a ideia do poster. A foto foi tirada numa piscina interior em Putney, Londres, pelo fotógrafo Tony May. O artista Phyllis Cohen teve então a tarefa de pintar as capas, o que implicava um trabalho de cinco, seis horas em cada uma das modelos. A identidade das raparigas continua a ser um segredo por desvendar: muitos fãs tentaram, mas nenhum regressou com uma história plausível.
A equipa de Thorgerson não se limitou a pintar aquelas cinco capas nem tão-pouco se limitou à discografia dos Pink Floyd: como podem ver, mais posters foram sendo criados a partir da mesma ideia.
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