Bem doido mesmo!
LIMPADOR DE BONÉS
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E aí, tudo bem?
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Tudo bem, você sumiu, hein?
Alguns
blá-blá-blás.
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Você sabe onde tem um limpador de bonés, por aqui?
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Ah, tem sim, depois da esquina enluarada, um limpador não muito antigo.
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E ali, tudo mais ou menos?
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Quase meio, você chutou certo?
Nenhum
pestanejares.
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Você sabe onde tem um limpador de dados redondos?
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Oh, tem sim, embaixo do prédio que vende saias de botijões.
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E acolá, tudo lascado?
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Nada votado, você urrou, nem aí?
Muitas
sensações de orelhas quentes.
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Você sabe onde tem um limpador de dedais de alfaiate?
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Eta! Tem sim, em cima da marmoraria que vende cortiça para vice cemitérios.
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E debaixo do risco no chão, tudo trambique?
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Posto relax, você jogou no Tamoio, não Zé?
Eteceteras,
sussurros.
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Você sabe onde tem um limpador de ontens?
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Eca! Tem sim, no meio da meleca a direita da promessa mentida, não a metida.
Tudo
tem informação!
Tudo
tem comunicação!
Encontra-se
rápido:
Vassouras
emancipadas, tesouras nobres, perucas aliciadas, caretas musicais, manetes
roteirizadas.
Enfim,
neste pasto aglomerado, o esmero da boca vence o encontro improvável do amor
e
de Roma.
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Oh, não esquece do chá de romã!
Falou,
por penúltimo, como um ministro enjoado do Dia do Patriota, o limpador de
bostas
de Boston.
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